O que é o IC11?

Uma década se encerrou, um novo ciclo se inicia. Este é o ano 1 de um reinício, de um novo ponto de partida. O encontro internacional de artes IC, realizado pela Dimenti Produções Culturais em parceria com a Associação Conexões Criativas, realiza a sua 11ª edição, de 19 a 27 de agosto de 2017, se propondo ao corpo a corpo entre artistas e públicos. Com o lema “Tô Pra Jogo”, o IC11 acolhe atividades que estimulam uma ação direta do público na obra de cada artista, ocupando os mesmos lugares, criando juntos, se tocando, se disponibilizando. Em transformação mútua. Agentes que formam um mesmo time, sendo corresponsáveis pela dinâmica de cada situação como numa partida de pingue-pongue.

É assim que o festival decide dar o primeiro chute na bola para começar de novo em tempos em que o engajamento e a participação direta são urgências sociopolíticas e, também, artísticas. Desde o princípio comprometido com o desafio do risco, o IC inaugura um campo novo, com grama recém-plantada, com o potencial de esverdear por meio de um esquema tático sereno, com ritmo mais sutil e íntimo.

A maioria absoluta da programação é gratuita e extrapola os teatros para expandir-se em ambientes de convívio, de passe livre: rua, pátio, biblioteca e galeria. No Goethe-Institut Salvador-Bahia, no Palacete das Artes, no Âncora do Marujo e nas ruas de Salvador, as obras e projetos apresentados não são exatamente categorizados em linguagens e têm classificação livre. Podem ser acessados por qualquer pessoa, de qualquer idade, a qualquer momento – hora de começar tem, mas dá para chegar no meio, ver um pedaço, se meter quando desejar. Concentração sem clausura: é permitido entrar e sair quando quiser. É para as famílias, para todos e todas, cartas na mesa, para vivenciar e construir em dias inteiros de experimentação e em pautas cheias de sutileza, sem pressa, sem jogadas 100% ensaiadas. Xeque-mate onde cada movimento no tabuleiro é feito com muitas mãos.

O IC é uma iniciativa artística independente, contemporânea e desafiadora, concebida de forma continuada e impulsora de instigantes processos para a produção cultural da Bahia e do Brasil. O projeto abre espaço para articulações, reflexões e intercâmbios como uma plataforma pluriartística de criação e difusão, intermeando os campos da dança, teatro, performance, música, audiovisual e artes visuais, além da crítica artística e da comunicação. Tudo sustentado em princípios como experimentação, deslocamento, risco, livres relações entre processo e produto, flexibilidade e criticidade. Cada edição é atravessada por uma questão simbólica que orienta o processo curatorial e a composição da programação, em consonância com aquilo que move a criação de artistas em diferentes partes do mundo, em associação com as pesquisas dos próprios artistas-curadores-produtores: Ellen Mello, Fábio Osório Monteiro, Jorge Alencar, Leonardo França e Neto Machado.

O IC11 tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia, por meio do Edital de Eventos Culturais Calendarizados.