Standard Time - 20h 19/08

Standard_Time_-_by_Mark_Formanek_-_Photo_by_Rick_Messemaker_(2)

De Mark Formanek (Alemanha)
Por TANTO – criações compartilhadas (Bahia)
COPRODUÇÃO DE OBRA
Praça Castro Alves
Das 20h de 19/8 às 20h de 20/8
Gratuito

Entre grandes estruturas de ferro, suportes, madeiras, escadas e ferramentas, um grupo de operários divididos em turnos constrói em tempo real um relógio “digital”, marcando o tempo de minuto a minuto. Criado pelo artista alemão Mark Formanek, “Standard Time” é um trabalho que envolve 1.611 trocas num período ininterrupto de 24 horas. Espectadores e transeuntes não veem apenas que horas são, mas pessoas concretizando o tempo – pessoas que, em atitude estoica do dever, estão justamente perdendo tempo em uma atividade aparentemente inútil que cumpre apenas uma função: exibir a hora. A atividade dos trabalhadores serve como uma unidade de medida para a passagem do tempo e o próprio ritmo de produção.

A instalação também pode ser interpretada como uma alusão à noção de trabalho: a criação de algo novo e a destruição deste implica sempre de um elemento inicial. Os operários, no entanto, estão sempre à beira de falhar em sua missão. Porque, se o sinal numérico não está pronto no momento certo, eles devem passar para a próxima. A urgência gera um sentimento de ansiedade que acaba sendo divertido para quem vê. O tempo passa inexoravelmente e não sabemos se o êxito ocorrerá.

A obra é uma expressão sintomática da condição da força de trabalho do homem moderno, que é pressionado pelo cumprimento dos prazos para suas tarefas diversas. Expõe a força coercitiva silenciosa de aceleração e as condições de nossas vidas. O título, que significa “horário padrão”, é uma alusão à padronização de tempo através do sistema de fusos horários: uma reflexão do artista que mostra como o tempo é apenas uma convenção estabelecida e criada pelo homem.

No IC, “Standard Time” é executado pela TANTO – criações compartilhadas, coletivo que atua nas áreas de arquitetura, urbanismo, design gráfico, design de objeto e mobiliário, fotografia e artes visuais. Trata-se de uma coprodução do próprio festival, que, em sua história de 10 anos, vem investindo em desafios deste tipo, que resultam em versões de obras já montadas por artistas de origens diversas, provocando criadores e performers, motivando trocas e experimentando novos resultados.

ICTV

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