Conectivos Críticos

URUTAU – artivismo indígena em contexto urbano

Goethe-Institut Salvador | 26/8 | 16h | José Urutau Guajajara e Potyra Krikati (RJ/MA)

Foto por Reynaldo Vasconcelos

URUTAU – ARTIVISMO INDÍGENA EM CONTEXTO URBANO
José Urutau Guajajara e Potyra Krikati (RJ/MA)

Onde: Goethe-Institut Salvador
Quando: 26 de agosto (dom), 16h
Classificação indicativa: Livre
Quanto: Gratuito

Essa ação artivista se apresenta enquanto filme, conversa e rito mediado por Urutau Guajajara, um dos grandes líderes no movimento pelos direitos indígenas na cidade do Rio de Janeiro, ao lado de Potyra Krikati.

No ano de 2013, às vésperas da Copa do Mundo da FIFA de 2014, o índio Urutau Guajajara permaneceu 26 horas no topo de uma árvore em resistência ao despejo ilegal da Aldeia Maracanã.

Esse ato de resistência ganhou uma parceria artística que gerou a palestra-performance “Ocupa Árvore” junto à artista e pesquisadora da dança Flavia Meireles. Devido ao caráter fronteiriço desse gesto entre arte e militância política pela causa indígena no contexto urbano, Urutau Guajajara é convidado do IC12 para abordar, via filme, conversa e rito, outras perspectivas de corpo e mundos possíveis nas cidades.

Criado na Aldeia Guajajara no estado de Maranhão, José Urutau Guajajara foi para o Rio de Janeiro ainda jovem para estudar e trabalhar. Em 2006, ele participou do grupo de indígenas de várias etnias que fundou a Aldeia Maracanã no prédio abandonado do antigo Museu do Índio, ao lado do Estádio do Maracanã. Embora tenha sofrido múltiplas remoções durante os megaeventos – Copa do Mundo e Jogos Olímpicos –, a Aldeia Maracanã ainda ocupa o prédio e está em processo de formar uma universidade indígena no local.

Essa ação tangencia assuntos como remoções, táticas de resistência, circulações territoriais, subjetivas e outros modos de existência na urgência de reelaborar o corpo e o mundo através do índio urbano.

QUEM SÃO
José Urutau Guajajara possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estácio de Sá (UNESA). É especialista em Educação Indígena pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e em Línguas Indígenas pelo Museu Nacional/UFRJ, e mestre em Linguística pela mesma instituição. É professor de Língua e Cultura Tupi-Guarani na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Línguas Indígenas Brasileiras, em especial língua do povo Guajajara.

Potyra Krikati é artesã, tecelã e ativista.