Teletrabalho Normal

“Teletrabalho Normal” é uma tradução digital da performance “Trabalho Normal” (2018) – um conjunto de cinco performances, cada uma delas com a duração de uma jornada de trabalho convencional: o período de 8 horas. Todas as ações da série são inúteis e não geram nenhum resultado ou produto do ponto de vista prático. Elas partem de projetos de artistas que discutem o paradoxo da inutilidade da arte: Francis Alÿs, Marta Soares, Artur Barrio, Brígida Baltar e Tehching Hsieh.

“Teletrabalho Normal”, que estreia no IC14, procura pensar, além das questões suscitadas por “Trabalho Normal”, a migração da jornada de trabalho para o ambiente doméstico, as atividades laborais realizadas através de ambientes digitais e o espaço da vida privada capturado pelo trabalho incessante.

Durante toda a duração da performance diária e ao vivo, o público poderá interagir com a performer através do chat do YouTube.

QUEM É
Cláudia Müller é artista com projetos desenvolvidos em dança, performance e vídeo. Seus processos artísticos traçam relações entre a dança e as artes visuais por meio de obras marcadas por um particular interesse na crítica institucional e na relação com o público. É doutora em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e docente do curso de Dança da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em 2000, começou a desenvolver seus próprios trabalhos, apresentados em festivais e centros de arte no Brasil e no exterior (América do Sul, Europa e África). Fez parte da equipe de curadoria da Bienal Sesc de Dança, em 2017, sendo responsável pelas ações formativas do evento. Foi cocuradora (junto com Marcos Villas) do projeto “Modos de Existir 8”, realizado no Sesc Santo Amaro/SP (2018). Dentre seus trabalhos artísticos, se destacam: “Dança Contemporânea em Domicílio” (2005), “Caixa-Preta” (2006), “Exhibition” (2010), “HELP! I need somebody” (2013) e “Precisa-se Público” (2014).